"Por um mundo onde sejamos
socialmente iguais,
humanamente diferentes e
totalmente livres".
Rosa Luxemburgo.
Não é fácil aceitarmos diferenças. Logo fugimos ao que nos parece
estranho. Somos todos iguais? Certamente não! Então, como convivermos em paz
com nossas diferenças? Como superarmos nossos medos, decepções, preconceitos e
bloqueios ao depararmos com situações fora do comum ou até mesmo “constrangedoras”?
Bem, cada um tem uma forma de lidar com
isso e eu me propus a rever algumas situações interessantes a este respeito,
principalmente ligadas à área de Educação Física, por ser uma área bastante
rica em diversidades, tanto física quanto culturais e situacionais.
Enquanto acadêmica, me envolvi em projetos com crianças surdas na
faculdade; trabalhei com pessoas com baixa visão e cegas na academia; estagiei
com alunos com Síndrome de Down no Centro Educativo; Déficit de Atenção, Hiperatividade
e Deficiência Mental na escola; e ainda tive a oportunidade de ter um colega
surdo na faculdade, onde uma intérprete traduzia toda a aula para a Linguagem
de Sinais (LIBRAS), foi uma vivência maravilhosa!
Mas a situação mais inesperada por que passei foi no meu estágio com a
7ª série. Eu estava no início do estágio e ainda era muito insegura para dar as
aulas. Estávamos conversando e me aproximei de um aluno, este me disse que não poderia
correr durante as aulas, e me pegou muito de surpresa quando me mostrou sua prótese
na perna... Pude perceber que ele já estava acostumado com a situação, mas não eu! Foi ele quem me ensinou como lidar com tudo isso...
A partir desse momento, passei a ser mais confiante enquanto
profissional, tentei melhorar minha percepção e tomar maior cuidado para tratar
a todos por igual. Tratar a todos por
igual? Mas estamos falando de diferenças... Exatamente! Em Educação
Física somos todos iguais, porque:
Todos merecem ser respeitados em suas diferenças.
Todos merecem ser valorizados e ter suas habilidades desenvolvidas
conforme suas capacidades.
Todos merecem novas oportunidades.
Todos merecem cuidados.
E, ainda, mais importante de tudo, todos merecem ser felizes! As atividades motoras devem ser sempre regadas à ludicidade, prazer e alegria. Elas devem proporcionar o desenvolvimento social e emocional também, e não só o físico. Por isso a importância das chamadas "aulas inclusivas", dos jogos cooperativos e das atividades adaptadas.
Lembrando que, uma boa estimulação produz resultados surpreendentes! Eu me emociono ao ver espetáculos como este da foto ou em ouvir histórias como a de Kallil, que passou no vestibular da Universidade Federal de Goiás, para Geografia. Enfim, vamos valorizar e aprender com nossas diferenças, pois somente dessa forma seremos completos!
Jaqueline Alves Nieto
CREF: 090794-G/SP
1 comentários:
Muito bom!!!
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